13.2.07

Agora eu sei

Quem leu lá meu outro blog,lembra que eu vivia reclamando das pessoas negativas que viviam contando do trabalhão que dá cuidar de criança, das histórias bizonhas sobre amamentação etc...

Achava que era coisa de gente invejosa, ou mau amada, mas não era não. É que a parada é punk mesmo, as pessoas que já passaram pela dificuldade do primeiro mês com um bebê tentam de alguma forma te preparar pra o que você está por enfrentar, com a maior das boas intenções, mas não há o que te digam que te prepare para isso.

Ah tá! Você tá lembrando daquele monte de livro-revista-site que eu li pra “me preparar” né? Ah rá! Gente, teoria é teoria, prática é pratica... Serviu pra me tranqüilizar algumas poucas vezes, mas de verdade: nada supera o bom e velho instinto materno.

O problema é que esse tal instinto não surge imediatamente. Ele vai surgindo aos poucos, conforme você vai conhecendo a sua criança e ela a você. A gente acha que essa relação nasce pronta e aí é que tá o grande erro. Essa coisa de reconhecer o tipo de choro rola mesmo, mas é só depois de um tempo! Antes disso você tem que se guiar por eliminação: chorou ? Primeiro olha a fralda. Tá linpa? Então pode ser frio/ calor. Tá com a temperatura normal? Pode ser fome. Já mamou continua chorando? Então é sono....

No meu caso tudo foi ficando cada vez mais fácil e divertido depois de um mês e meio, mas até então eu juro que todo dia pensava: essa menina vai ser filha única!

A Laís teve muita cólica no primeiro mês e teve um fim de semana que ela nem mamou de tanta dor. Só fazia chorar. Mas a verdade é que essas foram as duas únicas noites que passei acordada com ela até hoje. Depois ela teve muita prisão de ventre e também chorava um bocado. Esse choro todo deixa uma mãe de primeira assustadíssima. Junte essa total falta de experiência com o sono completamente entrecortado e você começa a ter certeza que vai surtar sem dúvida nenhuma.

Aí você começa a freqüentar a pracinha e a conversar com outras mães. De repente você vê que não tá tão sozinha e nem tão maluca assim e que todo mundo passa por experiências muito semelhantes e vê que de um jeito ou de outro, todo mundo sempre dá seu jeito.

Agora eu sei porque me contavam aquelas histórias. Agora eu sei que dá mesmo um trabalhão inenarrável, mas que fique bem claro: o melhor dos trabalhos que já tive na vida. Quem me dera que eu fosse remunerada por ele...