24.9.07

ERRATA

Absolutamente nada contra paulistas, apesar das "rivalidades futibolíscas" (que aliás a gente anda perdendo feio), nada mais me afasta dos amigos da terra da garoa.

Mas a César o que é de César: Felipe B não é paulista. É carioca. Da gema e do ovo.

20.9.07

Visão de Pai

Dia desse, estava procurando uma loja de roupa para Laís e achei um blog chamado Pai de menina.
É de um jornalista paulista que se chama Felipe Barcellos e tem duas filhas fofíssimas: a Lia e a Dora.

Excelentes os textos dele. Fiquei fã.

E já que estou fazendo a propaganda: se existem homens "grávidos" me lendo, acessem o blog do Felipe e não deixem de ler o post " Elas querem mais" do dia 09/09/07.

Fui!



14.9.07

Aniversário, bolo e stress

Hoje a Laís faz um ano. Como ela não está na creche e as crianças que ela convive são da pracinha, resolvi há um tempão atrás, fazer um bolo na pracinha pra comemorar. Os amigos dela fazem aniversário muito próximo. Então eu, a mãe do Heitor e a mãe da Laura resolvemos fazer uma comemoração em conjunto para os três.

Com isso já teve cada história que sem brincadeira, dava pra escrever uma meia dúzia de posts. Mas a melhor de todas foi o e-mail que recebi da mãe do Heitor hoje de manhã, então lá vai!

“Subject: eu sabia!

Puta que o pariu!!!! Parecia que eu estava adivinhando.

Outro dia pensei: a Veruschka já teve o estresse com o (des)convite do pessoal da creche. Karen teve o estresse dos convites e eu?? Nem um urubuzinho?! Tá estranho isso... E então lembrei: Meus Deus... o bolo!!! Minha responsabilidade. Só falta a cagada de arara ser no bolo! Pois bem... eu no banho, em plena sexta-feira, 14.09 (niver de nossa amada Laís) quando a Michele chegou com a grande notícia: “D. Ana o forno não está funcionando” – “Como assim?”, perguntei na maior arrogância. “Não sei. Será que não dá para tomar banho e usar o forno ao mesmo tempo?!” – “Claro que dá, Michele”, eu disse pensando: “deixa de ser ridicula!!”.

Michele começou a cutucar a porcaria do forno. Uma barulheira danada e eu pensando: “Ai, a Michele vai dar uma de rainha porque vai fazer o bolo. Já começou cedo dizendo para eu tirar minhas coisas da mesa porque ela ia precisar do espaço. Eu já tô tensa, imaginem só...

Mexe daqui, mexe dali e volta Michele. “D. Ana seu forno está quebrado.” – “Mas como assim????” Eu, aos gritos. “Estava muito enferrujado e só funcionava porque a mangueira, onde passa o gás, estava apoiada na gaveta, onde ficam as formas. Como eu precisei abrir a gaveta para tirar tudo, o forno veio abaixo!”.

Minhas amigas, acreditem, o forno (que uso muuuuito, vocês podem imaginar) despencou.

E o primeiro bolo/tabuleiro, que já estava batido, mexido, sei lá, e precisava de forno urgente?! Fui eu de banho tomado, vestidinho do camelô, sem calcinha, procurar uma vizinha boa que emprestasse o forno por pouco tempo. Consegui! Foi Michele com o tabuleiro repetindo sem parar: “acho que não vai ficar bom não. A massa ficou muito tempo parada e tal”. “Faz outro Michele!!!!” Eu, aos gritos.

Em seguida liguei para a Karen, chamei-a de Michele, dei os parabéns a ela e para a Laís e tudo ficou resolvido, por enquanto. Vão Michele e Heitor passar a manhã e parte da tarde com Laís e Inês. Vai ser divertido.

Bom, pelo visto já passei pelo estresse. Agora tudo vai dar certo!!!

O texto está imenso porque eu precisava desabafar. Vou enviar correndo para não ficar com vergonha e deletar este também.

Até breve... Bjs.”

11.9.07

O Hipopótamo

Abri os olhos. O quarto já estava claro. Achei que alguma coisa estava estranha. Virei de lado e olhei o relógio na cabeceira: 7:20h.

O silêncio. Era isso que estava estranho. Há essa hora em geral ela já estava acordada, conversando alegremente na sua língua inteligível, com os amigos invisíveis que moram na sua imaginação.

Ela ainda dormia. Levantei, andei até seu quarto e vi que ainda profundamente. “Merda” pensei, “justo hoje que preciso sair mais cedo”.

Já há algum tempo nossas manhãs cumprem quase sempre o mesmo ritual. Ela acorda sempre antes de mim e com seu tagarelar animado me acorda. Eu fico ainda um tempo na cama e depois vou até seu quarto. Ela então olha na minha direção e sorri satisfeita com a minha presença. Me aproximo mais e ela estica os braços pra mim. Eu e pego no colo e ela encosta sua cabeça em meu ombro e envolve meu pescoço com os braços. Suas mãozinhas brincam com meu cabelo.

Sorrio pra ela e pergunto: “cadê o upa da mamãe?” ela ri mais e me aperta com seus bracinhos, encostando de novo a cabeça em mim. Depois eu a deito em minha cama, deito ao seu lado e dou sua mamadeira abraçadinha a ela. Ela acaba de mamar e ri cutucando o pai que dorme do outro lado. Ela adora ficar entre a gente. Brinca indo de um para outro até que saímos para deixá-lo dormir mais um pouco.

Brincamos no chão da sala e depois vamos para a cozinha tomar café. Eu como pão e faço seu suco, ela brinca, ri, dança, “conversa” e come biscoitos. Vamos tomar banho e ela acha graça quando coloco a touca. Ficamos um pouquinho brincando embaixo d’água, fazendo desenhos na parede do box, brincando com os vidros de xampu, cantando.

Eu a enxugo e brinco de secar seus cabelos sacudindo sua cabeça enquanto ela ri divertida. A essa hora a babá já chegou e está com tudo pronto para levá-la ao seu passeio diário na pracinha. Ela fica animada para sair e brincar e vai toda feliz.

Da cozinha ouvi que se virava de um lado para o outro como faz quando começa a despertar (essa audição de perdigueiro adquiri após a maternidade). Acabei de preparar a mamadeira e cheguei no quarto a tempo de vê-la começar a piscar os olhinhos. Ao piscar um pouco mais acordada e me ver ela sorriu como sempre e ficou logo de pé para nosso “upa” matinal.

Dei a mamadeira em minha cama como sempre mas levantei e fui para o banho sozinha. Ela começou a protestar mas logo o pai a distraiu e ficaram os dois me olhando no banho.

Fui me vestir e ela me acompanhava com os olhinhos o tempo todo., visivelmente apreensiva. Chegou a se divertir quando fui secar os cabelos e brinquei jogando vento em seu rostinho.

Me aproximei dos dois e os beijei. Ela tentou vir para o meu colo, o pai a segurou e pronto. Ela me olhou, verdadeiramente magoada. Fez beicinho e começou a ficar vermelha. E finalmente chorou. Um choro sentido, como eu nunca tinha ouvido antes.

Tentei confortá-la mas o pai garantiu que era melhor eu sair logo que ela pararia. Praticamente fugi de casa, esqueci inclusive a chave na porta. Não sei em quanto tempo ela parou.

Entrei no ônibus me joguei no banco próximo a janela e a abri. Coloquei o rádio no ouvido tentando me distrair. Não dava. Aquele hipopótamo sentado no meu peito não me deixava respirar direito. Nem relaxar, nem esquecer, nem chorar. Eu só conseguia sentir aquele peso.

E então a babá ficou doente e eu tive que deixá-la com o pai e sair antes dela durante uma semana inteira.


E foi assim que o hipopótamo passou a me fazer companhia até o trabalho.




Sumiço

Pipou, andei sumida mais não parada. Tive uma fase meio melancólica, vcs verão pelo texto que vou postar já, já. Mas já foi, agora é só falta de tempo mesmo. Tenho 3 chefes, e duas estão de férias. É muito cacique. Mas não há de ser nada. Meu momento de "viver pelada pintada de verde num eterno domingo" há de chegar!

22.8.07

Brinquedos Chauvinistas

Não estou boa hoje. Nada boa. E estou zero a fim de explicar o porque então resolvi apontar meu mau humor em outra direção e falar de outra coisa que me irrita deveras: brinquedos para meninas.

Vocês ja deram uma boa analisada numa sessão de brinquedos pra crianças? Não né? Devem estar aí com certeza achando que briguei com o marido, ou estou com TPM, ou os dois.

Então vamos lá!

Para os meninos temos:
  • Carinhos, carrões, motocas, navios, caminhões, autoramas, ferroramas, aviões e todo tipo de meio de transporte imaginável.
  • Na categoria bichos temos dragões, leões, tubarões, dinosauros, montros de toda espécie.
  • Alienígenas, soldados, heróis e armas: espadas, lasers, rifles, etc.
  • E na categoria esporte tem as bolas, freesbees, raquetes e sei lá mais o que.
Ai para as meninas temos:
  • Centenas de bonecas. Boneca que chora, ri, dorme, mama, faz birra, faz coco, xixi, troca fralda e o escambau.
  • Fora isso, tem: ferrinho de passar roupa, tanquinho de lavar roupa, rodinho, vassourinha, forninho, aspiradorzinho, liquidificadorzinho...
PUTA QUE PARIU!

Só tem chauvinista produzindo brinquedo caramba?FALA SÉRIO!

Jogos, brinquedos didáticos, bonequinhas, bichinhos ok, aspiradorzinho de pó n-e-m f-u-d-e-n-d-o. Enquanto eu tiver moral lá em casa não entra.

É claro que não serei arbitrária de jogar fora um brinquedo que a menina tenha ganho de algum desavisado, mas enquanto ela não tiver como protestar, todos os brinquedinhos de "doninha de casa" serão sem cerimônia doados para caridade. E tenho dito.

21.8.07

Melhor na frente ou atrás?

Eu sei. Tá todo mundo pensando que eu vou escrever sacanagem. Ninguém espera eu molhar o bico! O que eu quero mesmo é propor uma enquete. En-quete gente, sem trocadilho, juro que não tem sacanagem na parada.

Pior é que eu vou dar uma volta antes de chegar no assunto que quero abordar. Não, não é para fazer suspense não, é que eu sou assim mesmo, o que se há de fazer?

Eu amo andar de bicicleta. Mas cresci num lugar onde era pirambeira pra um lado e pirambeira pro outro de forma que nunca pratiquei o tanto que gostaria. Quando finalmente mudei de lá, morei muito tempo perto da Lagoa (na Gávea e no Humaitá). Comprei uma Caloi Ceci e lá fui eu feliz da vida dar minhas pedaladas. Andava com freqüência até que começou a ficar perigoso e eu de novo encostei minha bike.

Mudamos pra Botafogo. Onde o Wil cresceu era pirambeira pra um lado e pirambeira pro outro de forma que ele nunca ligou pra bicicleta. Aí eu investi numa Caloi Barra Forte pra ele (gente eu gosto dos clássicos, dá licença) e passamos a andar de Botafogo até o aeroporto nos fins de semana de verão.

Esses foram finais de semana que eu me lembro com saudade. Saíamos de casa cedo, parávamos no caminho pra tomar água de coco olhando o pão de açúcar, depois passávamos pelo Flamengo, pelo Mam, íamos até o píer parávamos mais um pouco, e na volta ainda tomávamos umas cervejinhas com churraquinho na barraca do Iramar. Como a gente consegue ser feliz com tão pouco!

Nessas ocasiões, eu voltava feliz feito pinto no lixo e pensava que não poderia haver passeio mais gostoso, mas ainda não tínhamos a Laís.

Antes de ela nascer eu já sonhava com o dia em que ela estaria grande o suficiente pra colocarmos uma cadeirinha na bicicleta pra ela nos acompanhar nos passeios. Minha florzinha já tem quase um ano e assim que rolar uma verbinha extra vou comprar os apetrechos. Esse é meu sonho de consumo da vez. Não penso em outra coisa.

A questão é: coloco a cadeirinha na parte da frente ou na parte de trás da bicicleta?

O que? Gente, não acredito que vocês leram até aqui ainda achando que eu ia falar alguma sacanagem! Que que é isso! Eu sou uma mãe de família séria, tão pensando o que?

Eu estava decidida: a cadeira ia pra bike do Wil já que eu sou estabanada-toda-vida, e na frente lógico, como é que a gente vai tomar conta da criança nas nossas costas? Na frente é muito melhor, vamos cuidando o tempo todo.

Só que aí pensei que no dia que Wil não puder ir (ele tem trabalhado muito nos fins de semana) eu e Laís ficamos a pé? Ah não! Aí quando disse isso ele retrucou: e no dia que você não puder ir, eu não ando com a Laís? Confesso que nem tinha pensado nessa questão. Mas agora já pensei e apesar de ser meio ridículo um marmanjo de Ceci ele consegue usar minha bike, mas eu não consigo usar a dele com aquele banco nas alturas! Pronto! Resolvido: neném vai andar de Ceci.

Mas aí a mãe do Heitor me enviou uma matéria de um especialista em bikes que em resumo, dizia o seguinte:

1- Nos países onde existe uma legislação séria e regras de trânsito para bicicletas é proibido levar crianças na frente. Basicamente porque desestabiliza a bike e, em caso de queda, a chance de você atropelar o pequeno é maior.

2- Apesar de largamente divulgado e defendido o uso do capacete, um estudo sério comprovava que ele mais machuca do que protege em caso de queda. Algo tipo "aumentar a força do impacto já que aumenta o peso da cabeça", um treco assim.

Bom, com estudo ou sem estudo o capacete não é negociável: vai usar e tá acabado. E quando ela já estiver falando e perguntar: - Mamãe porque eu uso capacete e você e o papai não? Eu vou dizer : - Porque a gente é cabeça dura, e você tem miolo mole! E depois vou cair na gargalhada. Aí ela também vai achar graça e encerrado o assunto.

Mas e a cadeira? Na frente ou atrás? Por favor enviem suas opiniões para essa mãe indecisa. A família penhoradamente agradece.

18.8.07

Sonhos

Logo que a gente tem um filho, começa a ter uns sonhos muito esquisitos. Parte deles são provocados acredito eu, pelo peso da responsabilidade daquele serzinho completamente indefeso e total–completa-e-absolutamente dependente de você. A outra parte é pelas horas de sono que, de repente são suprimidas das suas parcas 6 horas de sono diárias (vamos combinar que ninguém mais tem o privilégio de dormir as tais 8hs por noite).

O cansaço faz com que você misture sonho e realidade e você fica meio confuso durante um tempo. É como se a gente meio que “sonhasse acordado”. E isso não acontece só com as mães que amamentam não, os pais também passam por essa fase.

Ouvi histórias hilárias quando comentei o assunto na pracinha. O meu sonho recorrente é que esquecia de colocar a Laís no berço e adormecia com ela nos braços. Eu ficava um tempão dormindo sem me mexer com os braços cruzados na frente do corpo como se ainda a segurasse e só depois quando acordava percebia que ela estava no berço há um bom tempo. Algumas vezes quando o Wil se virava pra me abraçar eu “a segurava” com um braço e com o outro o repelia dizendo “cuidado, o bebê tá no meu colo”. Nessa hora eu acordava e dava de cara com ele me olhando atordoado. Acho que ele devia pensar “meu deus essa doida não sabe onde deixou nosso bebê”.

Aí quando contei isso, a mãe do Antônio me contou que um dia ela levantou da cama de noite e o marido estava na hora sonhando que o Antônio tava caindo da cama e segurou ela pelo short e deu o maior puxão nela de volta. Ela achou que era um arroubo de paixão e ficou muito decepcionada quando ele explicou que na verdade ele estava salvando o filho ( que dormia no berço, óbvio) da queda.

A mãe do Heitor estava ninando o marido com tapinhas no bumbum, como em geral a gente bate na fraldinha dos nenéns quando quer niná-los. Sonhando claro. Até que ele acordou e gentilmente a lembrou que ele não precisava ser ninado pra conseguir dormir.

Depois que eles crescem um pouco e a gente já consegue dormir duas horas seguidas, os sonhos vão mudando, ficam mais aspiracionais. Sonhamos que já estão engatinhando quando ainda estão no colo, depois que engatinham sonhamos que já andam, depois que andam sonhamos que já falam, e por aí vai...

17.8.07

Sacaninha

Minha filha completou 11 meses essa semana.

Excluindo o árabe que ela fala fluentemente desde os 9 meses e pratica todo dia de manhã com Rhamed (seu amigo imaginário que eu batizei com esse nome por motivos óbvios), ela já fala 5 palavras em português: neném, papai, mamã , bobó (= vovó) e pé.

Eis nosso diálogo outro dia:

- Ta ta rilibisssssdada neném!

- Isso filha, neném! Neném da ma-mãe!

- Neném!

- d-a m-a-m-ã-e!

- Neném!

Desisti momentaneamente e emendei: - Neném do papai!

E ela: - Papai! Papai!Papa...

- Ta bom! Agora fala: neném da vovó...

- Bó...

- Da vo-vó...

- Bobó!

- Isso, muito bem!! Agora: neném da mamãe!

- neném!!!!!

É ou não é uma baby saura, a sacaninha?

13.2.07

Agora eu sei

Quem leu lá meu outro blog,lembra que eu vivia reclamando das pessoas negativas que viviam contando do trabalhão que dá cuidar de criança, das histórias bizonhas sobre amamentação etc...

Achava que era coisa de gente invejosa, ou mau amada, mas não era não. É que a parada é punk mesmo, as pessoas que já passaram pela dificuldade do primeiro mês com um bebê tentam de alguma forma te preparar pra o que você está por enfrentar, com a maior das boas intenções, mas não há o que te digam que te prepare para isso.

Ah tá! Você tá lembrando daquele monte de livro-revista-site que eu li pra “me preparar” né? Ah rá! Gente, teoria é teoria, prática é pratica... Serviu pra me tranqüilizar algumas poucas vezes, mas de verdade: nada supera o bom e velho instinto materno.

O problema é que esse tal instinto não surge imediatamente. Ele vai surgindo aos poucos, conforme você vai conhecendo a sua criança e ela a você. A gente acha que essa relação nasce pronta e aí é que tá o grande erro. Essa coisa de reconhecer o tipo de choro rola mesmo, mas é só depois de um tempo! Antes disso você tem que se guiar por eliminação: chorou ? Primeiro olha a fralda. Tá linpa? Então pode ser frio/ calor. Tá com a temperatura normal? Pode ser fome. Já mamou continua chorando? Então é sono....

No meu caso tudo foi ficando cada vez mais fácil e divertido depois de um mês e meio, mas até então eu juro que todo dia pensava: essa menina vai ser filha única!

A Laís teve muita cólica no primeiro mês e teve um fim de semana que ela nem mamou de tanta dor. Só fazia chorar. Mas a verdade é que essas foram as duas únicas noites que passei acordada com ela até hoje. Depois ela teve muita prisão de ventre e também chorava um bocado. Esse choro todo deixa uma mãe de primeira assustadíssima. Junte essa total falta de experiência com o sono completamente entrecortado e você começa a ter certeza que vai surtar sem dúvida nenhuma.

Aí você começa a freqüentar a pracinha e a conversar com outras mães. De repente você vê que não tá tão sozinha e nem tão maluca assim e que todo mundo passa por experiências muito semelhantes e vê que de um jeito ou de outro, todo mundo sempre dá seu jeito.

Agora eu sei porque me contavam aquelas histórias. Agora eu sei que dá mesmo um trabalhão inenarrável, mas que fique bem claro: o melhor dos trabalhos que já tive na vida. Quem me dera que eu fosse remunerada por ele...